Na serra, o vento dançava
Ao som de excelsas cigarras
No mar branda brisa flutuava
Por entre cordas e amarras
No mar o galeão avançava
Ondas cristalinas fendendo
Na serra a bruma amainava
O calor de um sol fervendo
Na serra árvore se vergava
Ao vento de tal tempestade
No mar o galeão baloiçava
Vagueando na imensidade
No mar a maré se desfasava
Em espuma, contra o galeão
Na serra um ramo se dobrava
Quando poisava nele o falcão
Toda a serra desabrochava
Num verde prazer luxuriante
No mar uma vaga alastrava
Deleitosamente exuberante
No mar o galeão naufragava
Entre ondas e vagas morria
Na serra, o vento declamava
Morte ao desejo, em poesia
Ao sabor do vento....
Nenhum comentário:
Postar um comentário