Quando me dei por conta, estava a admirar um espetacular nascer do sol impressionantemente belo. Melancólicas, as estrelas, sem perder seu esplendor, se subjugavam pequenas diante da prepotente lua. Enquanto isso, o sol, ainda mais imponente não se deixava abalar pela grandiosidade e beleza anormal daquele luar, e se sobrepunha grandioso e incandescente, ofuscando tudo ao seu redor, inclusive minhas vistas e meus pensamentos.
Incapazes, mas persistentes, algumas acinzentadas nuvens, com seus incontáveis formatos tentavam fazer parte daquela mágica dança pincelando o céu com os mais variados tons de cinza. Era um instante mágico. E olhar para cima foi ter certeza da inesquecibilidade daquele momento.
Hipnotizado pela beleza da cena, eu não percebi que tudo isso não passava do reflexo que eu via no lago. E isso me causou além de certa vertigem um espanto encantador.
A realidade ao contrário do que eu imaginaria não deixava tudo mais belo, pelo contrário, a magia de ver as coisas duplicadas, refletidas naquela superfície que agora tremeluzia entregue a uma leve brisa parecia enaltecer a prepotência daquele nascer de sol e deixar tudo ainda mais encantador.
Até o poderoso Sol é incapaz de viver de eterna solidão, e mesmo que em um único momento Ele se encontra com a tão antagônica Lua, e, incomodados ou incomodando, eles interagem numa mágica dança protagonizada por deuses.
Não só as imagens, mas inquietantemente, o peso, a intensidade e o volume de meus pensamentos que agora pareciam gritar implorando pela oportunidade de serem escritos também vinham multiplicados.
É impressionante como a cada olhar vemos coisas inimagináveis no primeiro relance. Ao olhar à minha volta, agora para a realidade daquela visão, não sei se pela racionalidade da física dos espelhos ou pela metafórica beleza das coisas, em reflexo, tudo se encontrava de cabeça para baixo.
Confesso que, naquele momento, não acreditei na racionalidade alguma, pois, irracionalmente, também meus pensamentos não só estavam multiplicados como estavam todos de cabeça para baixo.
Alguns momentos deveriam durar a eternidade. E talvez durem.
A mesma brisa vinda do sul, que provavelmente trazia consigo chuva passou silenciosa afanando meu rosto e fazendo as copas das árvores, que pareciam ter a mesma sensação de prazer absoluto que tive, dançarem lenda e calmamente de um lado a outro ainda mantendo absoluto silêncio. E após mais alguns segundos de calma e reflexão, mais uma vez, provavelmente assustadas pelo movimento das folhas, um grupo de inquietas aves saiu em abrupto bater asas de uma das árvores ao redor, quebrando a beleza daquele incomparável momento de alegria pura e simples.
Logo, mesmo o todo poderoso Sol, que mal havia tomado o lugar da Lua se entregou às subestimadas Nuvens que agora já tomavam o céu em um melancólico tom acinzentado único, e essas logo deram lugar á chuva.”
Incapazes, mas persistentes, algumas acinzentadas nuvens, com seus incontáveis formatos tentavam fazer parte daquela mágica dança pincelando o céu com os mais variados tons de cinza. Era um instante mágico. E olhar para cima foi ter certeza da inesquecibilidade daquele momento.
Hipnotizado pela beleza da cena, eu não percebi que tudo isso não passava do reflexo que eu via no lago. E isso me causou além de certa vertigem um espanto encantador.
A realidade ao contrário do que eu imaginaria não deixava tudo mais belo, pelo contrário, a magia de ver as coisas duplicadas, refletidas naquela superfície que agora tremeluzia entregue a uma leve brisa parecia enaltecer a prepotência daquele nascer de sol e deixar tudo ainda mais encantador.
Até o poderoso Sol é incapaz de viver de eterna solidão, e mesmo que em um único momento Ele se encontra com a tão antagônica Lua, e, incomodados ou incomodando, eles interagem numa mágica dança protagonizada por deuses.
Não só as imagens, mas inquietantemente, o peso, a intensidade e o volume de meus pensamentos que agora pareciam gritar implorando pela oportunidade de serem escritos também vinham multiplicados.
É impressionante como a cada olhar vemos coisas inimagináveis no primeiro relance. Ao olhar à minha volta, agora para a realidade daquela visão, não sei se pela racionalidade da física dos espelhos ou pela metafórica beleza das coisas, em reflexo, tudo se encontrava de cabeça para baixo.
Confesso que, naquele momento, não acreditei na racionalidade alguma, pois, irracionalmente, também meus pensamentos não só estavam multiplicados como estavam todos de cabeça para baixo.
Alguns momentos deveriam durar a eternidade. E talvez durem.
A mesma brisa vinda do sul, que provavelmente trazia consigo chuva passou silenciosa afanando meu rosto e fazendo as copas das árvores, que pareciam ter a mesma sensação de prazer absoluto que tive, dançarem lenda e calmamente de um lado a outro ainda mantendo absoluto silêncio. E após mais alguns segundos de calma e reflexão, mais uma vez, provavelmente assustadas pelo movimento das folhas, um grupo de inquietas aves saiu em abrupto bater asas de uma das árvores ao redor, quebrando a beleza daquele incomparável momento de alegria pura e simples.
Logo, mesmo o todo poderoso Sol, que mal havia tomado o lugar da Lua se entregou às subestimadas Nuvens que agora já tomavam o céu em um melancólico tom acinzentado único, e essas logo deram lugar á chuva.”
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