sexta-feira, 19 de junho de 2009

Magoas

Sinto-me vento, sinto-me vida,
Sinto-me calma na palma da mão despida,
Quando te escrevo em luas tardias
De amargas estrelas,
Que se brilham estáticas inertes
Ainda assim não consigo vê-las...

Reluz, relâmpago, e cai
Nos meus poemas que eu desta dor sou pai
E acaba com estes filhos bastardos!

O candelabro no tecto ilumina
O poeta que a sua musa imagina
Para tantas paredes mudas. Tantas paredes mudas.

Sinto-me vento, sinto-me vida,
Sinto-me carta de amor lida,
Rasgada,
Esquecida,
Por arrependimento e fita-cola mantida,
Numa gaveta de passados.

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