domingo, 21 de dezembro de 2008

Espirito Natalino.


Dezembro é um mês luminoso por excelência, já que é um tempo de nascimentos, de passagens, de grandes desejos e de muitos amores. É quando, em nosso hemisfério, a festa da natureza - passagem primavera verão - e a da cultura - passagem do tempo cíclico, Ano Novo - se unem e se congratulam com o nascimento da esperança – Natal .

Esses acontecimentos vão formar o desfecho triangular do espírito natalino. É uma irradiância que atinge, em nossa cultura ocidental, quase todas as pessoas, causando, na maioria delas, um bem estar indizível. Essa experiência de paz e congraçamento transmite bondade e felicidade para aqueles que nos cercam. É um período de contagiante alegria interior, de união e de comunhão com todos os seres humanos, pois tem por finalidade nos tornar cúmplices de um destino planetário.

É por isso que as festas natalinas, como rituais comemorativos, nos relembram da necessidade de manter viva a memória desse acontecimento exemplar que ocorreu num passado distante - o nascimento de Jesus Cristo. Os rituais têm essa intenção de reativar uma lembrança que não pode ser jamais esquecida. É por isto que nos enfeitamos tanto para essas comemorações, porque elas nos ensinam que a experiência da felicidade, como um estado quase permanente de ser, pode se realizar. O enfeite mais colorido e mais atraente de toda festa é essa mensagem: através da confraternização, esse estado de ser pode continuar para além das festividades, tornando-se uma presença em nosso cotidiano. Como não existe conquista sem esforço, precisamos de muita persistência, discernimento e de boa dose de sabedoria para que cada um de nós descubra por si a fórmula mágica dessa alquimia.

O tempo das festas nos mostra que somos uma alternância entre o diurno - luz - e o noturno - escuridão - e que podemos estrelar e luar com mais intensidade essa parte menos iluminada do nosso ser. Elas também nos falam, de modo claro, da aliança indestrutível entre natureza e cultura, elos que vivem e residem em nós. E são eles que nos fazem compreender essa imensa rede de interações que torna possível a vida nessa bela jóia azul que cintila, pulsa e navega velozmente pelos espaços.

Assim como nosso corpo é constituído por trilhões de células e por bilhões de microorganismos, o amor planetário é a soma de todos os corações dirigidos para um mesmo objetivo: o de tornar a vida mais fraterna e, portanto, mais feliz. As trocas de alegria se tornam o atrativo maior da atividade festiva. Á despeito das dores indesejáveis das nossas escolhas mal feitas, que 2006 represente para os seres humanos, principalmente para os leitores do JB Ecológico, todas as luzes, cores, cheiros e flores duplicados, triplicados de todas as primaveras verões desse mundo.

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